Entre a infinidade de cores que nos é apresentada no Ensino Fundamental I, enquanto repetimos seus nomes com as professoras e os escrevemos em um caderno de caligrafia, pelo menos uma vez por semana, a gratidão de hoje abraça os diversos tons de azul.
Não porque são os meus favoritos, afinal, se você estiver andando na Avenida Paulista e, de repente, cruzar comigo, não estarei vestindo azul - nem mesmo na meia. Mas sou grata pela existência dessa cor por ela ser vista em duas das infinidades que mais me lembram o maior amor que já experimentei até hoje: o céu e o oceano.
Quando olho para eles, sou capaz de sentir o amor de Deus, mas não como o sentimento com data de validade e condições para ser sentido, como é colocado por muitos homens, e sim como uma fonte inesgotável e recebida de graça, já que não há nada que eu faça que fará com que haja merecimento em mim para ser amada. Tudo é pela graça.
Entendi isso e passei a ser ainda mais grata pelas criações de Deus quando Ele disse a mim: "Você já parou para pensar que você é chamada de filha pelo criador do céu e do mar?". Instantaneamente comecei a chorar e indagar: "Como que o autor de tais maravilhas pode me chamar de filha, sendo que eu tenho tantos defeitos? Sendo que eu não sou merecedora?".
Então, o amor dEle acertou meu coração como uma flecha: ainda que Ele saiba de cor e salteado a lista das minhas falhas, sou realmente chamada de filha pelo criador do céu e de tudo que está abaixo dele; só que isso não acontece porque há algum mérito meu que faça com que esse amor aconteça, mas porque Ele simplesmente escolheu me amar. Assim como Ele também escolheu amar você, independente do que você faça.
Afinal, nada disso é sobre merecimento, é sobre a graça.
Alice Arnoldi
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