1 de ago. de 2016

Vem, mas vem por inteiro

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Ele perguntou se eu queria um café, talvez uma água, quem sabe um chocolate quente, mas eu queria mesmo era amor.

Não queria que ele viesse dentro de uma caixa enfeitada com laço, mas que viesse por inteiro.

Não precisava trazer uma rosa, abrir a porta do carro, combinar um dia para vir em casa e conhecer meus pais, mas precisava ser real. Não como dor que paralisa cada parte do corpo quando chega, mas como fogo que incendeia tudo o que toca.

Não precisava exalar o perfume de rosas por todos os lados, mas eu não suportaria que não fosse doce.

Doce ao ponto de ser abraço sem presença, de ser calmaria sem palavras calculadas, de ser amor sem gritar: "eu te amo!". 

De ser inteiro, mesmo que antes fora remendo.


Alice Arnoldi

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